Entre fevereiro e junho de 2025, o projeto Herbários Escolares de Plantas Invasoras, promovido pelo Educ@rteNatureza, levou alunos, professores e cidadãos numa verdadeira expedição botânica ao ar livre. Coorganizada pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, pelo Centro Local de Aprendizagem da Universidade Aberta em Cantanhede e pelo Município de Cantanhede, a iniciativa contou ainda com o apoio do Programa Eco-Escolas, do Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva, do Herbário e do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, do Gabinete Técnico-Florestal da Proteção Civil, da União de Freguesias de Cantanhede e Pocariça e do CFAE Beira Mar.

Aprender na prática

Formação de docentes e capacitação das crianças
O ponto de partida foi dotar professores e alunos de conhecimentos sobre espécies exóticas invasoras — verdadeiros riscos para a biodiversidade autóctone — e ensiná-los a identificá-las, controlá-las e removê-las.

Exploração científica

  • Visitas guiadas ao Herbário e ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, onde se manusearam coleções botânicas e microscópios para conhecer a morfologia das plantas no seu habitat.

Saída de campo

  • Expedições pelos arredores de Cantanhede para recolha de espécimes de acácia-mimosa, acácia-de-espigas, erva-azeda, cana-do-reino e erva-das-pampas.

Oficina de herbário

  • Prensagem, secagem, catalogação e montagem das amostras: folhas e flores transformaram-se num acervo escolar que conjuga rigor científico e valor pedagógico.

Impacto e resultados

A ação culminou numa exposição final aberta à comunidade e numa conversa temática com o Gabinete Técnico-Florestal da Proteção Civil do Município de Cantanhede.

A avaliação, realizada junto de 23 encarregados de educação, revelou:

  • 100% afirmaram que as crianças demonstraram genuíno interesse pelas atividades;
  • 70% avaliaram que o projeto contribuiu muito para o aumento da literacia ambiental;
  • 100% recomendariam a iniciativa a outros pais.

Entre as sugestões, destacou-se a importância de dar continuidade a este modelo de aprendizagem, expandindo-o a novas temáticas ambientais e envolvendo cada vez mais participantes.

Este projeto prova que a educação ambiental ganha força quando sai da sala de aulas e se faz nos trilhos e nas ruas, nos herbários e nos laboratórios a céu aberto. Com a colaboração de parceiros locais e instituições académicas, o Educ@rteNatureza plantou muito mais do que sementes científicas: cultivou o sentido de responsabilidade ecológica e o prazer de aprender na natureza.